O Tesouro Direto é um programa criado pelo Governo Federal do Brasil, em parceria com a B3 (a bolsa de valores brasileira, antiga BM&FBovespa), que permite que qualquer pessoa invista em títulos públicos federais pela internet, de forma prática, segura e acessível.
Lançado em 2002 com o objetivo de democratizar o acesso aos investimentos públicos, o programa foi pensado para facilitar a vida de quem deseja começar a investir — sem precisar de muito dinheiro nem conhecimento técnico avançado.
Como funciona?
Investir no Tesouro Direto é como fazer um empréstimo para o governo. Você aplica um valor, e o governo utiliza esse recurso para financiar áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura. Em troca, ele devolve esse dinheiro com juros em uma data combinada. Ou seja, você ajuda o país a crescer, e o seu dinheiro cresce junto. 📈
Acessível para todos
Quando foi lançado, o investimento mínimo era de cerca de R$ 30. Mas desde novembro de 2024, ficou ainda mais fácil começar: não há mais valor mínimo obrigatório, e as compras podem ser feitas em frações de 0,01 de um título. Isso significa que você pode começar com muito pouco — e ir aprendendo e investindo aos poucos.
Uma porta de entrada para novos investidores
Além de ser uma das formas mais seguras de investimento no Brasil, o Tesouro Direto também é uma ótima oportunidade para quem quer aprender a cuidar melhor das próprias finanças. Você faz tudo online, com transparência total e com o respaldo do próprio Tesouro Nacional.
Ele é realmente seguro?
Sim, uma das grandes vantagens do Tesouro Direto é justamente a segurança. Os títulos públicos são considerados os investimentos de menor risco do mercado brasileiro, por dois motivos principais:
- Garantia do Tesouro Nacional: Diferentemente de outros investimentos de renda fixa (como CDBs ou poupança, que têm garantia do FGC até certos valores), no Tesouro Direto quem garante o pagamento é o próprio Governo Federal. Todos os títulos são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional. Na prática, isso significa que a chance de calote é extremamente baixa, pois o governo tem poder de arrecadação de impostos e controle sobre a moeda para honrar esses compromissos. Por isso, os títulos do Tesouro Direto são considerados livres de risco de crédito (risco de o emissor não pagar). Em outras palavras, são os investimentos mais seguros do país em termos de confiabilidade de pagamento.
- Baixo risco de mercado: Como vimos, pode haver oscilações de preço se você vender o título antes do vencimento (risco de mercado ligado à variação de juros). Porém, esse risco pode ser controlado escolhendo o título adequado ao seu objetivo. O Tesouro Selic, por exemplo, tem volatilidade praticamente nula no curto prazo, sendo usado como referência interna de título sem risco de mercado no Brasil. Já os títulos prefixados e IPCA+ sofrem mais variação de preço quando os juros oscilam, mas se você permanecer com eles até o vencimento, receberá exatamente a taxa contratada, eliminando esse risco. Além disso, o Tesouro Direto oferece transparência total – você pode acompanhar online o valor dos seus títulos e as taxas diariamente – e conta com a infraestrutura da B3, garantindo o registro e custódia dos títulos em seu nome.
Em resumo, do ponto de vista de segurança, investir no Tesouro Direto é considerado tão seguro quanto “emprestar” dinheiro para o próprio país, com proteção integral do Tesouro Nacional. A principal disciplina necessária ao investidor é alinhar o título escolhido ao prazo do seu objetivo, para não precisar vendê-lo em momento desfavorável.